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O sofrimento emocional da pessoa com Alzheimer

Atualizado: 24 de jun. de 2024




O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa crônica e a forma mais comum de demência. A doença se manifesta gradualmente ao longo do tempo. O sintoma inicial mais comum é a perda de memória em curto prazo, com dificuldades em recordar eventos recentes.


À medida que a doença evolui, o quadro de sintomas, pode incluir dificuldades na linguagem, desorientação, alterações de humor, perda de motivação, dificuldade de cuidar de si próprio e comportamento agressivo, afastando progressivamente do convívio com a família e da sociedade que possuía anteriormente à doença.

Percebe-se portanto, tratar-se de uma doença complexa, que acarretará em progressiva perda de autonomia e consequente dependência da assistência de um cuidador.


É fato que há um custo emocional alto para o cuidador/familiar de uma pessoa com Alzheimer. Entretanto, o que pouco se fala, ou até mesmo se reconhece, é que também há impactos emocionais para a pessoa que vivência a doença.


Existe uma crença que precisa ser desconstruída, de que ela não sofre porque “não tem consciência do que está acontecendo”. Entretanto, desde o momento do diagnóstico e durante o curso da doença, a pessoa com Alzheimer também vivencia o que denominamos de sofrimento emocional.


Mesmo não conseguindo mais expressar com palavras e fazer-se compreender cognitivamente, as emoções e sentimentos continuam vivas e atuantes em seu mundo interno. Respostas emocionais, mesmos que não expressadas, estão presentes e pedem cuidado.

  • Confusão

Diante da progressão da doença, pacientes podem sofrer confusão ao sentirem-se desorientados em algum lugar que antes era familiar.


  • Medo

Em muitas pessoas, o medo está presente desde o momento do diagnóstico, ao entrarem em contato com a realidade de sua doença e com a perda da identidade e papéis sociais conhecidos.


Outro fator causador de medo e angústia é a percepção dos lapsos de memória e principalmente, quando percebem que estão se esquecendo de familiares.


Sentem medo quando entendem todas as perdas que estão na iminência de sofrer. Sentem medo e insegurança quando já não reconhecem seus familiares e se veem com pessoas que consideram estranhas.


  • Depressão e Isolamento

Com o déficit cognitivo e a dificuldade para se comunicar, lentamente pode ocorrer o isolamento social e a pessoa vai se desconectando de tudo e todos que lhe traziam alegria e satisfação. A solidão, a falta do convívio social, podem instaurar um quadro de desinteresse, apatia, tristeza, e possivelmente, depressão e ansiedade.


  • Frustração e Agitação

A perda da independência para realização de atividades básicas pode causar frustração e agitação, quando a pessoa não consegue comunicar suas necessidades. Em momentos assim, a relação entre o paciente e cuidador/familiar pode tornar-se conflituosa, desgastante e estressante.


Outros comportamentos e reações podem ser observados com delicadeza, na intenção de compreender que sofrimentos e necessidades emocionais deseja comunicar.


É fundamental que a pessoa com Alzheimer receba cuidados multiprofissionais, por se tratar de uma doença ameaçadora da vida. Assim, assistência psicológica é fundamental desde o momento do diagnóstico, possibilitando um cuidado integral, digno e humano.


Precisa de cuidado psicológico?

 
 
 

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