A relevância do Afeto no tratamento de pacientes com demência
- jessicadesousaribe
- 16 de fev. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 24 de jun. de 2024

As demências podem comprometer gradualmente as funções cognitivas de uma pessoa, mas não a sua experiência afetiva.
O coração continua sentindo a emoção de um abraço, de um carinho nas mãos. A emoção da escuta de uma palavra falada ou cantada se preserva, a pressão de um toque de uma massagem nos pés, pode possibilitar a sensação de tranquilidade, conforto e bem-estar. Sendo assim, o afeto pode contribuir na qualidade de vida de quem tem esse diagnóstico.
Com afeto é possível ir além da orientação de espaço e do tempo.
O afeto orienta a pessoa a encontrar a sensação de acolhimento, de companhia e principalmente de segurança que é tão fundamental neste momento de vulnerabilidade. Ele transforma o ambiente facilitando as relações, minimizando conflitos e diminuindo o sofrimento psicológico.
Desorientação, contrariedades, tristeza, medo, raiva fazem parte do universo da demência, desafiam as relações e até mesmo o cuidado e o bem-estar dr quem cuida, porém a atitude afetiva pode trazer conforto emocional, através da:
Presença, atenta e a escuta ativa;
Paciência, para evitar confrontos dolorosos;
Compreensão, para identificar que os comportamentos agressivos não são de ordem pessoal;
Toque carinhoso e respeitoso, pare oferecer conforto e fortalecer o vínculo;
Tom de voz acolhedor e sem infantilização, para preservar a dignidade do lugar que a pessoa ocupa no mundo independente da sua condição de saúde;
Humor (bom-senso) e da criatividade para acolher a realidade que se apresenta naquele momento.
O amparo baseado no carinho, no cuidado, no respeito e na cooperação, dignifica o tratamento da pessoa com demência e sustenta amorosamente o desafio de quem cuida.
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